quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tarde fria.

Foi naquela sensação estranha;
De saber o que deveria fazer;
De saber das consequências;
Em uma tarde fria;
Gelada...
Mas não úmida;
Com mentiras necessárias;
Com uma dor aguda;
O coração dilacerado...
Foi em uma tarde fria;
Gelada...
Mas não úmida;
Que meu tempo parou;
Que um sonho terminou;
Chorei amargamente;
Por dias consecutivos;
Tentei em vão fechar todas as feridas;
Observei de longe;
Mas sempre com e certeza de ter feito a coisa certa;
Fui questionado;
Julgado;
Condenado e absolvido;
Mesmo não tendo explicação;
Minha mente se manteve em paz;
Por fim perdi quase todas esperanças;
Tentei esquecer;
Tentei substituir;
Tentei igualar;
Mas no fim de cada perda;
Sempre vinha a verdade dolorosa;
Impossível reverter;
Já havia entregue meu amor;
Apesar das desilusões;
Das magoas;
Do aprendizado;
Dos bons e maus momentos;
Meu amor já tinha direção;
Já tinha dona;
Já tinha destino;
Mas julgava jamais poder tê-la novamente...

Foi em uma tarde fria;
Gelada...
Mas não úmida;
Que meu corpo sentiu;
Que o coração acalmou;
Que uma lagrima escorreu;
Que entrelaçados;
Notamos que mesmo depois de tudo;
De anos sem se ver;
Sem se tocar;
Nosso sentimento ainda era o mesmo;
Que de fato, somos uma dupla;
Pois basta um olhar;
Para que o corpo entregue aquilo que a voz nega;
Para que possamos dizer sem medo;
"Eu senti saudades"...
Em uma tarde fria;
Gelada...
Mas não úmida;
Meu amor voltou para meus braços.





*obs: Dedicado a Daniella Mendes

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tudo junto.

Mesclando sentimentos;
Todos eles;
Colocamos em um coração;
Assim são feito os homens;
Agradeço inclusive a quem me fez sofrer;
afinal de onde tiraria inspiração?
Algumas vezes foram de paixões;
Sim, é verdade;
Mas nem tudo foi doce;
Todo o açúcar pode se tornar amargo;
Ou virar cachaça;
Vai saber se a vida não é na verdade uma cana?
Pense bem:
Se cuidamos bem dela, com o tempo temos melado;
Assim não precisaremos do amargo;
Se tudo der errado ainda poderemos fazer álcool;
Depois basta por fogo nos problemas.
Mas se ainda assim as coisas estiverem ruins;
Faremos cachaça;
Aquela que nos dá uma boa ressaca;
Que faz você nem se olhar no espelho;
Não importa mesmo;
Você sempre pode produzir uma safra nova;
Ou tentar reutilizar o açúcar velho.
Importante mesmo é lembrar que não existem derrotas;
Mas sim formas de ver e de aproveitar os 'Amargos' da vida.

Café!

Bom amigo!
Que bom reverte;
Continuamos aqui, iguais;
Sob este sereno da madrugada;
Com alguns passos na estrada;
Senti tua falta sabia?
Ainda somos iguais em cada detalhe;
Frios ou requentador;
Recém feitos ou a horas parado;
Ainda somos uteis para algumas pessoas;
que procuram algo sem relevância para passar a noite;
E apesar de ainda darmos satisfação e energia;
Não duramos para sempre...
Pena.
Mas é bom saber que ainda estamos lado a lado;
Sem você eu não seria nada;
Meu bom e velho café!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sou!

Olhe essas atitudes canalhas;
Canhestras;
Calhordas;
Cachorras;
Vindo de um sentimento louco;
Lucido;
Lunático;
Luminoso;
Com gestos indigestos;
Indignos;
Ingratos;
São apenas retratos;
Expostos;
Esculpidos;
Estagnados;
Um reflexo do que sou;
Do que quero;
Do que devo;
Nada muda, mas nada importa.
Sou a forja dos gestos;
Um espelho da realidade;
Sou o que sou;
Sou a escultura entalhada em pedra;
Sou o que você quiser que eu seja;
Ou o que você precisar para se sentir bem.

Acredito!

Ainda acredito no amor;
Apesar de já não mais saber o que deve ser Amado;
Nem como;
Nem quando;
Nem sei se todos tem um coração;
Não falo do corpo;
Falo do coração da alma;
Aquele que te faz ter devaneios;
Fazer loucuras;
Sonhar acordado;
No dia a dia;
Aquele que faz de todo o homem um poeta;
De todo o poeta uma criança;
De toda a criança um heroi;
Talvez não exista mais;
Acho que ao longo dos tempos nos brincamos de mais;
Com o dito sentimento das pessoas;
E agora, quando mais precisamos ele se foi;
Por medo de adquirir novas cicatrizes;
Agora o coração não passa de uma bola fechada;
Provável que jamais se abra novamente.

Planos feitos!

De tudo o que planejamos;
De tudo o que foi dito;
Só o frio restou;
Ele veio junto com sua partida;
Na hora certa?
Quem vai condenar;
Dizer que a culpa é da lua;
Que brilha agora para suprir seus olhos;
Talvez possa fazer de conta que meu cobertor é seu abraço;
Ou que o cheiro das flores são o seu cheiro;
Tanto foi dito;
Mas o que importa agora todas as promessas?
Eu sei que ainda vou te amar;
Todas as noites;
Em meu sonhos;
Em meu coração;
E sei que ao adormecer todos nossas promessas serão realizadas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dia atípico.

Próximo da meia noite;
Me aproximei dela;
Com seu cheiro doce;
Sua voz leve;
Fizemos o que não faríamos ao natural;
Tinha de ser escondido;
Seu corpo suave;
Suas mãos delicadas;
Seu temperamento difícil;
Assim adormecemos...
E sob um sol agradável;
Um dia resplandecente;
Ao sabor de um doce café;
No susto do elevador;
Na sombra de uma igreja;
Na visão de um antigo hotel;
E na presença de uma cão...
Cão com botas;
Em um dia atípico;
Eu sei com certeza; que te quero por muitos anos.